sexta-feira, 26 de março de 2010

encontrar-se

para todo lado
um olhar que procura
uma solução para aquilo que pensa
aquilo que expressa, aquilo que quer
o que vê, o que sente, o que falam as
suas formas, as cores, as palavras das coisas,
dos outros olhos

fitam o mundo sem palavra
o mundo que fala sem mover os lábios
movimentam as decisões do traço
o gesto dança pelo rítmo confuso
que está nos olhos de quem encontra
uma linha, um sentido, nem que seja um ponto,
um risco, trêmulo.
encontra, sempre, se dispõe-se a tanto
e quanto pode, quanto quer
mergulhar naquilo que não sabe se acaba,
se leva, e se compreende seu mundo.

Seu mundo é sem limites
explorar o espaço que pra nós é vazio
talvez de entendimento
talvez de formas
talvez de sentidos
mas, ainda, o medo resiste
você tem o poder de criar esse mundo
arriscar ser o que não é,
fazer o que não existe
encontrar-se.

Nenhum comentário: