quinta-feira, 10 de junho de 2010

Assistindo ao show de abertura da Copa, me senti emocionada inúmeras vezes.
Emocionada com a felicidade desse povo tão carente e, ao mesmo tempo, tão contente com a celebração. Emocionada com a energia viva que eles transmitiram. Com a superação que eles demonstraram para o mundo (para o mundo!, repito). Me surpreendi com tamanha atitude que eles revelaram ter. A vivacidade deles - novamente - a vivacidade! E isso não é qualquer país que possui.
Mas o mais importante que me tocou, foi a mensagem de caráter mundial e altamente construtivista, apresentada nos vídeos durante o show. "1 GOAL: EDUCATION FOR ALL". Os vídeos são sensíveis e realistas.
Com certeza não temos menção do que é não poder estudar. E como não temos! Quantos se pudessem não deixariam de estudar? Quantos não fazem isso por opção? Eu já fiz! E voltei atrás. Porém, isso é o de menos.
Como podemos não nos atentarmos a isso? Educação é a base da sociedade, ou deveria ser. Eu não posso conceber como vivemos tão levianos em relação ao que acontece no mundo, como prosseguimos cegos pelo nosso próprio egoísmo vicioso, como temos estômago para olhar desgraças, rir delas, e continuar despreocupados.
Até entendo que pouco é o nosso poder de transformar o mundo. Mas não é nesse âmbito que quero tocar.
Quando olhamos os problemas, e dizemos que nada podemos fazer para transformar o mundo, não quer dizer que, devemos viver submersos no nosso próprio mundo, e esquecer tudo o ocorre ao nosso lado, a uma distância de alguns metros. Isso na verdade é usufruir de uma desculpinha conformista, comodista. Todos somos seres livre e podemos tomar alguma atitude, de intenção generosa e humana, mesmo que não atinja o raio de um Sol.
Toda essa situação mundial é muito sensível pra mim, me leva a derramar lágrimas, a doer o meu coração. Como pode não ser sensível?
Eu não vou mudar o mundo, óbvio! Nem vou tentar. Mas vou fazer algo que dê estrutura para um mundo melhor. E eu queria que todos fizessem um pouco disso pelo menos, só um pouco.
Posso ser utópica, como Marx - vide aula de Sociologia de ontem -, mas estarei fazendo o que está ao meu alcance, diante das grandes necessidades desse planeta, que é a minha casa, o lugar que devo cultivar, o lugar que viverei até os últimos segundos, e é dele que tudo surgi, dele e de nós, então nossa responsabilidade com esse espaço é imensa, é frágil.
Obrigada pela atenção.

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